Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida.
Notas Introdutórias
Luís Otávio Teles Assumpção, Pedro Paulo de Morais y Humberto Fontoura
http://www.efdeportes.com// Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 52 - Septiembre de 2002
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A lógica do mercado determina o estilo de vida considerado “saudável” bem como os padrões de comportamento e os modelos de corpo que devem ser vendidos e consumidos pelas diferentes classes sociais. A questão, parece-nos, estar antes fortemente dominada por um viés ideológico do que, necessariamente, por indicadores de bem-estar e de saúde.
Os programas de promoção da saúde, em larga medida, veiculam interesses eminentemente econômicos, tendo em vista que pessoas com estilos de vida saudáveis aumentam a eficiência e a produtividade do trabalho, reduzindo o absenteísmo, o que garante às organizações o corte de gastos e a otimização de lucros.
Conclusão
A questão social faz-se presente no debate acerca da saúde. Se a desconsiderarmos, a responsabilidade pela promoção da saúde torna-se um problema de ordem individual, recaindo sobre o próprio sujeito. O indivíduo tornar-se-ia o único responsável por combater os males do mundo moderno (o sedentarismo, estresse, doenças hipocinéticas, dentre outros), transformando-se no maior culpado pelo seu desajuste em relação aos padrões de vida considerados “saudáveis” .
“Saúde” não pode ser tratada como uma variável exclusivamente biológica. Elementos sociais, políticos, culturais e econômicos estão envolvidos na discussão sobre este assunto e, obrigatoriamente, devem ser considerados se o objetivo for compreender a questão de maneira mais aprofundada.
Embora a Educação Física seja, historicamente, fortemente marcada pelo viés biológico, a contribuição das Ciências Humanas não pode ser desprezada uma vez que amplia a percepção do estudioso e aponta para um novo campo de pesquisa e de intervenção.
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